sexta-feira, 31 de maio de 2013

SÃO TARCÍSIO


Tarcísio foi acólito na Igreja de Roma perto do ano 258. Ele acompanhava o Papa Sisto II na missa. Antigamente quando os cristãos eram presos, quase sempre eram mortos, e era costume levar a Eucaristia às escondidas para que eles não desanimassem e nem perdessem a fé. Um dia, às vésperas de um martírio de cristãos, era preciso levar-lhes a Eucaristia mas não havia ninguém que o fizesse. Tarcísio ofereceu-se para ir leva-la. O Papa Sisto II e os cristãos que estavam presentes nas catacumbas não concordaram com a ideia  pois Tarcísio poderia ser morto,  porém este argumentou que por ser uma criança ninguém desconfiaria dele, tendo afirmado que preferia morrer a entregar a Eucaristia aos pagãos romanos. 

- Vai, Tarcísio - exclamou o Papa.
- Aqui estão as hóstias consagradas. Aqui está Jesus, que irás levar aos nossos irmãos prisioneiros. Que Ele te acompanhe. Vai, meu filho!
O pequeno acólito subiu as escadas sombrias do subterrâneo e subiu à rua. Parece que ninguém reparou naquele menino que caminhava um tanto fora da rua, com as mãos sobre o peito, guardando o bem mais precioso: A Sagrada Eucaristia. Passando por um caminho, chamado de VIA ÁPIA, alguns miúdos chamaram-no.
- Vem brincar conosco. Falta um jogador para começar o jogo.
- Agora não posso. Vou levar um recado urgente. Na volta, sim.
- Queremos agora… Mas o que levas ai? Mostra-nos já.
Ele recusou-se. Os miúdos insistiram, ameaçaram, empurraram. Ele resistia porque, pagãos como eram, poderiam profanar as sagradas espécies. A resistência fez aumentar a curiosidade dos miúdos. Começaram a dar-lhe pontapés e pedradas, tendo ele caído no chão ensanguentado. As mãos continuavam protegendo a Santa Eucaristia. Foi quando parou ali um soldado, guarda do quarteirão. Era Quadrato que, às escondidas, costumava frequentar o culto dos cristãos. As crianças fugiram ao ver o soldado aproximar-se. Levantando do chão o pequeno mártir exclamou surpreso e comovido:
 - É o Tarcísio. Já vi esse menino nas catacumbas…
O pequeno mártir morreu nos braços do soldado, com as mãos apertando ainda a Santa Eucaristia contra o peito. Esta é a história de Tarcísio: um pequeno acólito que, desde cedo amou Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia, e é, para nós hoje, um exemplo a seguir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário