O que é Sequência?
Nas festas da Páscoa, Pentecostes, Corpus Christi e Nossa Senhora das Dores, o missal romano prevê para, logo após a segunda leitura da Missa, um hino chamado “sequência” . Afinal, o que é uma “sequência”?
A origem da “sequência” está ligada a um costume medieval de acrescentar à vogal final do aleluia solene – antes da proclamação do Evangelho – uma série de notas quie se desdobravam num longo vocaliza chamado por muitos de “jubilus do Aleluia” ou “sequência”.
Essa jubilação aleluiática, com o passar do tempo, atingiu um grau de complexidade técnica tão elevado, que somente profissionais do canto (solistas, coros...) poderiam executá-la. Numa tentativa de favorecer a participação do povo, ao longo dos séculos, foram
introduzidos textos sob o “jubilus” do aleluia. Estes, aos poucos, foram ampliados e ajustados com um formato de extensos hinos chamados “sequência”.
A “sequência” é um hino que canta loas – de forma lírica e expressiva – sobre determinado tema da devoção cristã. Esse gênero musical surgiu por volta do século IX. Sua popularidade foi tamanha que, dois séculos depois, já havia um número aproximado de 5000 “sequências”. Praticamente, para cada festa ou outra circunstância, existia uma “sequência” própria.
O papa Pìo V (século XVI) conservou no seu missal somente cinco “sequências”, a saber: Victmae paschalli laudes (Páscoa); “Veni Sancte Spiritus” (Pentecostes); Lauda Sion Savatorem (Corpus Christi); Stabat Mater Dolorosa (N. Sra. Das Dors); Dies Irae (Missa dos fiéis defuntos).
O missal romano pós- VaticanoII deixou de fora a Dies irae e manteve as outras quatro “sequências”. Porém são de uso obrigatório apenas duas: a da Páscoa e a de Pentecostes.
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Texto extraído do livro: Cantando a Missa e o Ofício Divino, Joaquim Fosneca, OFM. Ed. Paulus.
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